sexta-feira, 8 de julho de 2011

Av Independecia trocara seu nome

Pelo ocorrido na semana passada com a morte de ITAMAR FRANCO, o Prefeito CUSTODIO MATTOS fara uma homenagem ao ex presidente, e essa  homenagem sera em uma das ruas que o ex presidente morou.
No meio dessa semana saiu especulações de que a Av Independencia passaria a ser chamada por, Av Presidente Itamar Franco, essa novidade nao agradou a todos pois esse nome ja existente e muito antigo e acreditao que a homenagem e valida mais o povo Juiz - forano nao vai acostumar-se com esse novo nome.
Por um lado e bom pois o homenagiado em questao recebera o merecida homenagem pois sempre lutou pela cidade de JUIZ DE FORA


Felipe Eduardo Taroco
10:20 am 08-07-2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Juiz-foranos prestigiam apresentações do 3º Festival Nacional de Dança

30/6/2011 16:39,  Por Acessa
Aline Furtado
Repórter
Juiz de Fora é palco, até o próximo domingo, 3 de julho, de vários espetáculos de dança que integram o 3º Festival Nacional de Dança, promovido pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).
O público poderá assistir às apresentações (confira a programação completa) em teatros, centros culturais e espaços abertos, como o Parque Halfeld. Integram a mostra espetáculos de grupos locais e de outras regiões do país.
A intenção é proporcionar ao público, por meio do festival, o contato com várias formas de manifestações de dança. Além disso, aos grupos participantes é possibilitado o intercâmbio e o diálogo. Ao todo, durante os cinco dias de evento, que começou na última quarta-feira, dia 29, o espectadores poderão conferir cinco apresentações na Mostra de Espetáculos, 28 na Noite de Coreografias, cinco na Mostra Palco Aberto, cinco na Noite de Gala, além de cinco intervenções urbanas.
Divulgados os selecionados para o 3º Festival Nacional de Dança de JFGrupo juiz-forano é selecionado para Festival de Dança de Joinville, mas pode não participar do evento
Além das apresentações, estão sendo realizadas cinco oficinas gratuitas. Os convites para os espetáculos realizados em espaços fechados podem ser torcados por um livro de literatura em bom estado de conservação. Cada publicação dará direito a um convite, e cada pessoa poderá retirar até dois ingressos. A troca pode ser feita na sede da Funalfa, que fica na avenida Rio Branco, 2.234, das 8h30 às 17h30, inclusive sábado e domingo.

Despesas correntes de Juiz de Fora devem subir 3,2% em 2012

1/7/2011 16:28,  Por Acessa
Jorge Júnior
Repórter
As despesas correntes do município de Juiz de Fora devem subir 3,2% em 2012, saindo dos R$ 838.192.013,76 fixados em 2011 para R$ 865.121.771,31, gerando um aumento de mais de R$ 26,9 milhões.
Parte desse aumento é de responsabilidade da ampliação dos gastos com pessoal e com encargos sociais. A conjetura consta na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012, que chegou à Câmara Municipal de Juiz de Fora na última quinta-feira, 30 de junho – último dia do prazo estabelecido pela Lei Orgânica do município.
A LDO chegou na Câmara com a proposta derevisão do Plano Plurianual (PPA), que estabelece as metas e prioridades a serem desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora até o fim de 2013. Pela LDO 2012, a folha de pagamento deve crescer 31%, saltando dos R$ 358.850.003,40 prenunciados no orçamento deste ano para R$ 470.317040,74. Os investimentos, ao contrário, vão baixar de R$ 270.313.984,09 para R$ 184.855.989,1, a redução é de 31,6%.
Passagem de ônibus em Juiz de Fora pode passar de R$ 1,80 para R$ 1,95Orçamento para 2011 prevê mais de R$ 303 milhões para obras em JFJF recebe sete novas ambulâncias para integrar o transporte inter-hospitalarReceita total
Já a receita total da Prefeitura deve cair 4,2% em 2012, em relação aos R$ 1.146.957.976,63 orçados para este ano. Segundo a subsecretária de Planejamento Institucional, Elizabeth Jucá, a projeção da receita para o próximo ano é de R$ 1.099.019.439,77 – uma queda de quase R$ 47 milhões. De acordo com a subsecretária, é o primeiro sinal de diminuição de receita depois de dois anos de crescimento.
O projeto da LDO, que tem até o dia 30 de setembro para ser votado pelos membros do Legislativo e, logo após encaminhado para a aprovação do Executivo, projeta um aumento na receita tributária da cidade. A estimativa do departamento é que os repasses caiam de R$ 15.281.781,14 para R$ 14.638.129,35. A redução de pouco mais de R$ 600 mil, porém, é pequena se comparada à diminuição das receitas de capital (incluindo venda de bens, reservas e transferências de capital), que deve ultrapassar R$ 100 milhões.

Mau tempo deve atrasar translado de corpo de Itamar

 A falta de condições de voo no aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora (MG), vai atrasar em pelo menos uma hora a transferência do corpo do ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG) para Belo Horizonte. O tempo está nublado na cidade, que permanece coberta por uma névoa . A saída do corpo de Itamar da Câmara Municipal de Juiz de Fora, onde o ex-presidente foi velado durante todo o dia de ontem, estava preparada para ocorrer às 7h30, e militares já estão perfilados.
De acordo com a Polícia Militar, mais de 30 mil pessoas foram se despedir de Itamar Franco, durante o velório em Juiz de Fora, onde o político iniciou sua carreira na administração pública e foi prefeito em dois mandatos. Por volta das 7h45, a polícia liberou acesso às dezenas de pessoas que ainda se aglomeram à frente da Câmara Municipal para uma última homenagem ao ex-presidente.

Avião que levará corpo de Itamar Franco para BH deixa Juiz de Fora

A previsão é que o corpo de Itamar chegue às 10 horas à capital mineira.

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que levará o corpo do ex-presidente e senador Itamar Franco de Juiz de Fora (MG) para Belo Horizonte deixou o Aeroporto da Serrinha às 9h50 desta segunda-feira (4). Na capital mineira, Itamar terá um segundo velório no Palácio da Liberdade.
Um outro avião da FAB, com familiares de Itamar, decolou dez minutos antes, às 9h40.
Em Juiz de Fora, o corpo foi velado na Câmara de Vereadores. Por volta de 9h, o caixão  foi levado por um carro aberto do Corpo de Bombeiros da sede do legislativo municipal até o aeroporto.

Caixão com corpo de Itamar no Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora
Itamar Franco morreu aos 81 anos neste sábado (2), em São Paulo. Nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein informou que o ex-presidente sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na UTI, onde estava sendo tratado de uma pneumonia decorrente de uma leucemia aguda, e morreu às 10h15 de sábado.
Nas primeiras horas da manhã desta segunda e na madrugada, a visitação no velório em Juiz de Fora esteve restrita aos parentes do ex-presidente. Pouco antes das 8h o velório foi reaberto à população, que se aglomerava na praça ao lado da Câmara para esperar a saída do cortejo.
O mau tempo provocou hoje (4) atraso de cerca de duas horas no velório do corpo do senador e ex-presidente Itamar Franco (1992-1994), em Belo Horizonte, em Belo Horizonte. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) demorou a decolar do Aeroporto Serrinha, em Juiz de Fora, por causa do nevoeiro na região. A previsão é que o corpo de Itamar chegue às 10 horas à capital mineira.
Em Belo Horizonte, o corpo de Itamar deixará a Base Aérea, localizada no Bairro da Pampulha, em um carro dos Bombeiros que foi usado nos velórios do ex-presidente Tancredo Neves, em abril de 1985, e recentemente do ex-vice-presidente José Alencar, em março deste ano.

O corpo será transportado em carro aberto para receber homenagens durante o percurso até o Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O velório deve terminar por volta das 14 horas e, em seguida, haverá a cerimônia de cremação do corpo em Contagem, na região metropolitana da capital mineira.
O velório será aberto ao público. Muitos admiradores do ex-presidente estão no Palácio da Liberdade à espera do corpo de Itamar. Um homem de meia idade chegou de madrugada ao local e colocou uma flor amarela na entrada do Palácio da Liberdade. Segundo um dos seguranças, o homem disse que era uma homenagem a Itamar, fez uma oração e depois saiu sem falar mais nada. As informações são da Agência Brasil.
Itamar Augusto Cautiero Franco
Itamar Franco
33presidente do Brasil Brasil
Mandato
29 de dezembro de 1992 até
1º de janeiro de 1995
Interino desde 2 de outubro de 1992
Vice-presidentenenhum
Precedido porFernando Collor
Sucedido porFernando Henrique Cardoso
Vice-presidente do Brasil Brasil
Mandato
15 de março de 1990 até
29 de dezembro de 1992
Precedido porJosé Sarney
Sucedido porMarco Maciel
Senador por Minas Gerais Minas Gerais
Mandato
1º de fevereiro de 2011 até
2 de julho de 2011
Governador de Minas Gerais Minas Gerais
Mandato
1º de janeiro de 1999 até
1º de janeiro de 2003
Precedido porEduardo Azeredo
Sucedido porAécio Neves

Nascido em28 de junho de 1930
Morreu em2 de julho de 2011 (81 anos)
São Paulo
NacionalidadeBrasil Brasileiro
Partido políticoPPS (2009-2011)
Outras afiliações
políticas
PTB (c. 1955-1964)
MDB (1964-1979)
PMDB (c. 1980-1986)
PL (1986-1989)
PRN (1989-1992)
PMDB (1992-2009)
ProfissãoEngenheiro civil

Itamar Augusto Cautiero Franco (Salvador, 28 de junho de 1930São Paulo, 2 de julho de 2011[1]) foi um político brasileiro, 33º presidente da República (1992-1994), vice-presidente (1990-1992), senador por Minas Gerais (1975-1983;1983-1990 e 2011) e governador do estado de Minas Gerais (1999-2003).
Bacharelou-se em engenharia civil na Escola de Engenharia de Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora em 1955. Ingressou na carreira política em 1958 quando, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi candidato a vereador de Juiz de Fora e mais posteriormente, em 1962, a vice-prefeito, não obtendo êxito em ambas as tentativas. Com o início do Regime Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971 e reeleito em 1972, quando dois anos depois, renunciou ao cargo para candidatar-se, com sucesso, ao Senado Federal por Minas Gerais, em 1975. Ganhou influência no MDB, assim sendo eleito vice-líder do partido em 1976 e 1977. No início da década de 1980, com o pluripartidarismo restabelecido no país, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o sucessor do MDB. Em 1982, é eleito senador novamente,defendendo sempre as campanhas das Diretas já, e votando no candidato oposicionista Tancredo Neves para presidente na eleição presidencial brasileira de 1985. Migrou para o Partido Liberal (PL) em 1986, ano em que concorreu ao governo de Minas Gerais, mas foi derrotado, voltando ao Senado em 1987 pela terceira vez.
Em 1988, uniu-se ao governador de Alagoas Fernando Collor de Mello para lançar uma candidatura à Presidência e Vice-presidência do Brasil, pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN). Itamar, como Vice-presidente, divergia em diversos aspectos da política econômico-financeira adotada por Collor, vindo a retirar-se do PRN e voltando ao PMDB em 1992. Seguindo o impeachment do presidente, assumiu interinamente o papel de chefe de Estado e chefe de governo em 2 de outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992. Foi em seu governo que foi realizado um plebiscito sobre a forma de governo do Brasil, que deveria ter sido feita há 104 anos; o resultado foi a permanência da república presidencialista no Brasil. Durante sua incumbência, foi idealizado o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda. Foi sucedido pelo seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.
Opondo-se fortemente a seu sucessor, Itamar cogitou candidatar-se a Presidente em 1998 e 2002, mas não prosseguiu com a ideia e elegeu-se facilmente Governador de Minas Gerais em 1998. Em 2002, apoiou a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva e opôs à candidatura de José Serra, candidato apoiado por Fernando Henrique. Não tentou reeleição no estado de Minas Gerais. Lançou-se pré-candidato à presidência pelo PMDB em 2006, mas perdeu para Anthony Garotinho, tentando então para o Senado, perdendo a candidatura para Newton Cardoso. Em maio de 2009, filiou-se ao Partido Popular Socialista (PPS).

Origem e formação

Filho de Augusto César Stiebler Franco (falecido pouco antes do nascimento de Itamar Franco) e Itália Cautiero.
Itamar Franco nasceu a bordo de um navio de cabotagem, um "Ita" da Companhia Nacional de Navegação Costeira, no Oceano Atlântico entre o Rio de Janeiro e Salvador. O registro civil de seu nascimento foi feito na capital baiana, onde sua mãe viúva encontraria abrigo na casa de seu tio.
Sua família era de Juiz de Fora, onde cresceu e se formou engenheiro civil em 1955, graduado na Escola de Engenharia de Juiz de Fora. É oficial da Reserva R/2 do Exército Brasileiro pelo NPOR de Juiz de Fora. Ingressou na carreira política em 1955, quando filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Vida pública antes da presidência

Itamar entrou na política em meados dos anos 50 nas fileiras do PTB. Foi candidato a vereador de Juiz de Fora em 1958 e a vice-prefeito dessa cidade em 1962, não obtendo sucesso em ambas as ocasiões.
Com o advento do regime ditatorial no país em 1964, e a subsequente instalação no país do bipartidarismo, Itamar se filia ao MDB, e se candidatando a prefeitura de sua cidade nas eleições seguintes, obtendo sucesso. Foi prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971. Em novembro de 1972, Itamar é eleito prefeito de Juiz de Fora pela segunda vez. Em 1974, ele renunciou ao cargo de prefeito para concorrer, com sucesso, ao Senado Federal como representante de Minas Gerais.
Eleito senador, rapidamente, ele ganhou influência no MDB, o partido de oposição ao regime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, sendo eleito vice-líder do MDB e, portanto, da oposição, por duas vezes, em 1976 e em 1977.
No início da década de 1980, o pluripartidarismo é restabelecido no país, e Itamar se filia então ao PMDB (sucessor do MDB). Em 1982 Itamar é reeleito senador na chapa de Tancredo Neves, eleito governador de Minas Gerais.
Durante seu mandato, Itamar foi um ativo defensor da campanha das Diretas já!. Com a não aprovação da Emenda Dante de Oliveira, uma eleição presidencial indireta teve que ser feita. No Colégio Eleitoral reunido para a eleição presidencial, Itamar votou no candidato oposicionista Tancredo Neves.
Querendo ser candidato ao governo do estado de Minas Gerais, e encontrando resistências ao seu nome dentro do PMDB, Itamar deixa a legenda e se filia ao PL sendo então candidato, em 1986, ao governo estadual mineiro por essa legenda, porém não obtém sucesso e é derrotado justamente pelo candidato do PMDB, Newton Cardoso por uma diferença de 1% dos votos. Com a derrota, Itamar volta ao Senado para terminar o seu mandato que iria até 1990.

Atuação na Assembleia Constituinte

Voltando à atividade parlamentar, Itamar participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, iniciados em 1º de fevereiro de 1987.
Líder do PL no Senado, nas principais votações da Constituinte, foi a favor: do rompimento das relações do Brasil com países que desenvolvessem uma política de discriminação racial; do estabelecimento do Mandado de Segurança Coletivo; da remuneração de 50% superior para o trabalho extra; da jornada semanal de 40 horas; do turno ininterrupto de seis horas; do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; da unicidade sindical; da soberania popular; da nacionalização do subsolo; da estatização do sistema financeiro; de uma limitação do pagamento dos encargos da dívida externa; e da criação de um fundo de apoio à reforma agrária.
Foi contra: a pena de morte; o presidencialismo; e da prorrogação do mandato do presidente José Sarney.

Eleições presidenciais de 1989

Em 1989, o então governador de Alagoas, Fernando Collor resolve se candidatar a Presidência da República, nas primeiras eleições diretas para esse cargo no país desde 1960 e querendo compor uma chapa com um político do Sudeste, convida Itamar para ser vice. Aceitando o convite, Itamar deixa o PL, trocando-o pelo pequeno Partido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser então candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Collor à presidência da república.
Apresentando-se como opositor radical ao presidente José Sarney e defendendo um programa econômico modernizador e liberal, Collor é eleito Presidente e Itamar Franco Vice-Presidente da República, tomando posse em 15 de março de 1990.

Na Vice-presidência da República

Empossado o novo governo, Itamar logo foi se afastando de Collor, divergindo de importantes aspectos da política econômico-financeira adotada pelo novo governo. Criticou publicamente o processo de privatizações e a aplicação dos fundos resultantes da venda das companhias estatais, que para ele, deveriam ser usados na área social.
Após a reforma ministerial de abril de 1992 em que ex-colaboradores do regime militar, como Célio Borja, Pratini de Moraes e Ângelo Calmon de Sá entraram no governo, Itamar desligou-se do PRN em 5 de maio de 1992.
O desencadeamento de uma sucessão de denúncias de corrupção contra o governo Collor e do início de uma campanha pelo seu impeachment, levou Itamar a acentuar publicamente suas diferenças em relação ao presidente.
Em 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados decidiu por ampla maioria autorizar a abertura de um processo de impeachment do presidente. Neste mesmo dia, Itamar assume interinamente a presidência até que o titular fosse julgado pelo Senado Federal.
Não houve solenidade de posse, que foi bem recebido pela população. Ao assumir, propôs uma política de entendimento nacional.

Na presidência da república

Presidente Itamar Franco, 1993.
Em 1992, Collor foi acusado de corrupção e sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Nacional e se afasta do governo.
Itamar assume interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado presidente em 29 de dezembro de 1992, quando Collor renuncia ao cargo.
O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado quase 2500% no ano seguinte. Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.

Plebiscito de 1993

Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição de 1988, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista.

Plano Real

Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária.

Outras realizações

O Presidente Itamar Franco fez os primeiros projetos,de combate à miséria ao Lado do sociólogo Betinho. Um homem sério e correto em tomar decisões, o Governo de Itamar Franco talvez seja o único da historia republicana livre de escândalos de corrupção. Em 1995 apoia o então candidato Fernando Henrique Cardoso que sai vitorioso nas urnas,além de garantir a democracia Itamar Franco terminou o seu governo com 84% de aprovação popular.

Depois da presidência

Itamar foi o primeiro presidente da República desde Artur Bernardes a eleger o seu sucessor. Com a vitória de seu candidato, Fernando Henrique Cardoso, Itamar foi nomeado embaixador brasileiro em Portugal, e, posteriormente, embaixador brasileiro junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Estados Unidos.
No entanto, Itamar logo se tornou um crítico do governo Fernando Henrique Cardoso por discordar de sua política econômica. Além disso, Itamar pretendia se candidatar à Presidência novamente nas eleições de 1998, porém viu seus planos serem desfeitos quando o então presidente mudou a Constituição para tentar se reeleger para um 2° mandato consecutivo. Mesmo com essa nova mudança nas normas eleitorais, Itamar tenta se candidatar a presidência, mas não consegue obter a indicação do PMDB em uma ação creditada à enorme pressão exercida pelo então presidente que não gostaria de ter Itamar como adversário. Esse foi mais um dos motivos apontados para o rompimento de Itamar com Fernando Henrique Cardoso.
Sem a indicação para a presidência, Itamar se candidata então ao governo de Minas Gerais obtendo a vitória contra o então governador Eduardo Azeredo (PSDB), apoiado por Fernando Henrique.

Governo de Minas Gerais

Itamar Franco foi eleito governador de Minas Gerais em 1998 pelo PMDB. Governou Minas Gerais de 1999 a 2003, e não conseguiu a indicação do PMDB para se candidatar à presidência da República em 2002. Naquela oportunidade, a convenção nacional do PMDB optou por uma coligação com o PSDB, lançando a então deputada federal Rita Camata (Espírito Santo) a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra.
Assim que tomou posse, Itamar Franco decretou a moratória do estado de Minas Gerais. Entre outros aspectos, o governador alegava a necessidade de se empreender uma auditoria na dívida estadual que, entre outros pontos, era atrelada a uma taxa de juros de 7,5% ao ano, enquanto estados como São Paulo negociaram suas dívidas a uma taxa de 6%. Tentou, com um conjunto de ações na área financeira, reverter uma situação herdada do governo anterior, na qual "as despesas apresentavam crescimento mais acelerado que as receitas tributárias e encontravam-se concentradas em funções de baixa capacidade distributiva, comprometendo a promoção de um processo de desenvolvimento socialmente justo".[2]
Esta atitude polêmica levou Itamar a ser acusado pelo Presidente do Banco Central Armínio Fraga de agir contra a estabilidade de regras necessária à atração de investimentos estrangeiros.
Em que pese essa ação inicial, foi em seu governo que a dívida mineira foi equacionada e começou a ser quitada, conforme esclarece Fabrício Augusto de Oliveira.[3]
Retomou judicialmente o controle acionário da estatal Companhia Energética de Minas Gerais CEMIG, parcialmente vendida pelo governador anterior Eduardo Azeredo, o qual conseguiu fechar as contas estaduais apenas em seus dois últimos anos de governo desfazendo-se de parte do patrimônio público mineiro, que foi privatizado em um processo de reorganização das estatais mineiras que estaria na gênese do chamado "esquema Marcos Valério",[4] cuja "origem dos recursos" seriam "as empresas públicas de Minas Gerais".[5] A CEMIG hoje se tornou uma das maiores empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica do Brasil e do mundo, sendo uma das que mais cresce em seu seguimento.
Itamar Franco em 2004
Itamar também se insurgiu contra a privatização empresa energética Furnas, aclamando o povo mineiro e brasileiro para juntos, impedissem que mais um patrimônio do brasileiro fosse privatizado. Na ocasião, Itamar mobilizou a Policia Militar de Minas Gerais em umas das principais usinas da empresa, a Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra - MG, ameaçando explodir a referida usina caso Furnas fosse privatizada. Apesar desta postura ter sido muito criticada, Itamar conseguiu seu objetivo e não deixou que Furnas fosse privatizada. Com a incorporação das subsidiarias da Eletrobras, Furnas passou a se chamar Eletrobras Furnas, sendo hoje a estatal Eletrobras a maior empresa do Brasil de geração e transmissão de energia elétrica e uma das maiores do mundo. [6]
A recomposição do setor público em bases burocráticas, passando essencialmente pela valorização do servidor público, pelo reaparelhamento das principais agências de ação estatal e pelo ajuste fiscal, marcou a gestão Itamar Franco, conforme analisam Wladimir Rodrigues Dias e Roberto Sorbilli Filho, segundo os quais não houve grandes inovações em seu governo, mas uma importante organização da administração pública, desmantelada por seu antecessor.[7]
No âmbito político, Itamar Franco se destacou pela realização de uma política centrada nos grandes temas. A composição política de seu governo, de feição centro-esquerdista, chegou a ter participação de PMDB, PT, PDT, PSB, PCdoB, PTB, PPB e PL, dentre outros partidos. Ainda assim, pode-se dizer que governou sem os partidos e sem os políticos [carece de fontes?].
Itamar se opôs a atividades típicas da política tradicional, como as vinculadas ao clientelismo político. Extinguiu as subvenções sociais distribuídas por deputados e não negociou emendas parlamentares, deixando de exercer a habitual dominação que o Executivo exerce sobre o Legislativo. Em décadas, foi o governador com o maior número de projetos rejeitados na ALMG, retaliado pelo rompimento com o pacto clientelista.[8]
Terminando seu mandato no governo de Minas Gerais ao fim de 2002, Itamar resolve não se candidatar a reeleição e apoia as campanhas de Aécio Neves (PSDB) para o governo do Estado e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Itamar ajuda a eleger Aécio, e com a vitória de Lula no plano nacional é nomeado embaixador brasileiro na Itália até deixar voluntariamente o cargo em 2005.
Embora na memória da maioria permaneça um governador mais atento aos problemas nacionais e a uma eventual candidatura à presidência da República, foi em seu governo que se reorganizaram as finanças e a administração estadual, possibilitando ao governador seguinte, Aécio Neves, eleito com seu apoio, implantar o chamado "choque de gestão".

Últimos anos

Itamar Franco em 2011
Em 2006, tentou se candidatar a presidente da República pelo PMDB, competindo pela indicação do partido com Anthony Garotinho, o ex-governador do Rio de Janeiro. Porém, no dia 22 de maio, anunciou a sua desistência e a sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal.
Acabou perdendo a indicação do PMDB de Minas Gerais para o Senado para Newton Cardoso (líder das pesquisas no início, mas que sofreu uma derrota às vésperas das eleições). Itamar anunciou, em 2006, o seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República.
Aliado de Aécio Neves desde 2002, foi conselheiro do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Em maio de 2009, anunciou sua filiação ao Partido Popular Socialista (PPS), o que alimentou especulações sobre uma possível candidatura à Presidência da República ou ao Senado Federal. Em 27 de janeiro de 2007, anunciou sua pré-candidatura a senador, disputando uma das duas vagas nas eleições deste ano, apoiando Aécio Neves como candidato à outra vaga. O candidato a primeiro suplente será o atual presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, do PDT, e a segunda suplente, Elaine Matozinhos, do PTB.[9]
Nas eleições de 3 de outubro de 2010, foi eleito senador pelo estado de Minas Gerais, derrotando Fernando Pimentel do PT.

Morte

Em 21 de maio de 2011, foi diagnosticado com leucemia. Alguns dias depois, se licenciou do Senado a fim de tratar-se da doença no Hospital Albert Einstein. No dia 27 de junho, um boletim médico do hospital divulgou que sua situação teria se agravado em virtude de uma pneumonia que o levou à UTI. Itamar faleceu na manhã do dia 2 de julho

No velório de Itamar, Lula é aplaudido e Collor vaiado

Carlos Mendonça/Folhapress
Corpo de Itamar Franco, presidente do Brasil de 1992 a 1994, é velado na Câmara de Juiz de Fora
Três ex-presidentes chegaram juntos à Câmara dos Vereadores de Juiz de Fora (MG) para o velório do presidente Itamar Franco. Enquanto o petista Luiz Inácio Lula da Silva foi aplaudido pela população em frente ao prédio, o senador Fernando Collor (PTB-AL) foi vaiado. Além dos dois, estava junto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os três estão ao lado do caixão de Itamar, acompanhados do vice-presidente Michel Temer, dos senadores Magno Malta (PR-ES), Renan Calheiros (PMDB-AL), Lindberg Farias (PT-RJ), do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do ministro Aloizio Mercadante.